“Tendél”: o movimento que revive a violada, renova a cena sertaneja e prepara nova temporada
- Rafaela Vitoria

- há 2 dias
- 3 min de leitura
Com nostalgia, proximidade e shows intimistas, o Tendél cresce no Mato Grosso do Sul, ganha projeção nacional e anuncia expansão para 2026

O Mato Grosso do Sul sempre teve um papel afetivo e histórico dentro do sertanejo — e o Tendél é a prova viva de que tradição e modernidade podem caminhar juntas. Criado pelos amigos Daniel Correia e Felipe Cavagnoli, conhecidos carinhosamente como Daniel e Fezin Tendél, o movimento nasceu como um reencontro com a essência das antigas violadas, que marcaram gerações e revelaram nomes como João Bosco & Vinícius e Maria Cecília & Rodolfo.
O projeto começou pequeno, ainda sob o nome Forfé, em edições locais em Campo Grande. Mas a verdade é que, quando algo nasce com verdade, a estrada se encarrega de abrir portas. Em pouco tempo, o Tendél virou circuito: Dourados, Bela Vista, Aquidauana, Ponta Porã, Campo Grande e outras cidades do MS passaram a receber o formato que mistura chão batido, repertório nostálgico e público colado no artista — do jeito que só quem é fã de verdade entende.
“É mais que um evento, é um estilo de vida”, resume Fezin.E quem frequenta sabe: ali não existe camarote, setor VIP ou separação. O clima é democrático, íntimo e cheio de memória afetiva.
2025: o ano em que o Tendél virou marca do MS
Com a resposta calorosa do público, o Tendél se tornou um dos eventos mais comentados do estado em 2025. Milhares de pessoas passaram pelas edições do ano, e os artistas voltaram a sentir a vibração que lembra o início da carreira de muitos nomes do sertanejo universitário.
“A resposta do público faz o artista voltar a sentir o calor de antes”, conta Daniel.
Essa força chamou a atenção da AgroPlay, que enxergou no Tendél algo raro: autenticidade, pertencimento e identidade regional com potencial nacional. A parceria transformou o projeto em um case dentro do grupo, levando estrutura, planejamento e caminhos para além das fronteiras do MS incluindo Barretos, onde o Tendél ganhou projeção no circuito sertanejo brasileiro.
Última edição do ano e planos gigantes para 2026
O movimento encerra 2025 com a edição marcada para 12 de dezembro, dentro da Expo Sidrolândia — uma celebração da temporada mais marcante do Tendél até agora.
E 2026 já nasce maior:
Padronização do formato
Expansão para Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso
Previsão de 20 a 25 edições ao longo do ano
Entre as novidades, uma das mais aguardadas pelos fãs é a participação de Ana Castela.“Sempre foi um sonho chegar nesse momento”, diz Daniel.
A primeira edição do ano já tem data: 31 de janeiro, com presença confirmada da dupla Pedro Paulo & Alex (PPA), abrindo a nova fase do Tendél.
Muito mais do que um evento: um sentimento
O Tendél reacende a memória das violadas que moldaram o sertanejo universitário e, ao mesmo tempo, apresenta esse espírito para uma nova geração. É nostalgia para quem viveu, é descoberta para quem está chegando agora — e tudo com aquele toque do MS que ninguém consegue copiar.
O movimento que começou entre amigos hoje se consolida como um dos símbolos mais fortes da cultura sertaneja moderna.E se depender do público e de quem constrói o Tendél, a próxima temporada promete ser ainda maior.



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